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Dicas Técnicas - MOTOR

MOTOR - Mais do que qualquer equipamento, o olhar clínico do mecânico é fundamento para a correta manutenção do sistema.

Fundamental para o bom desempenho e funcionamento do carro, o motor é considerado por muitos o coração do veículo e, por isso, precisa de cuidados para ter a capacidade de trabalhar corretamente.


A falta de lubrificação ou água, o uso de combustível com procedência duvidosa, filtros sujos, além de práticas inadequadas de condução comprometem o bom funcionamento do motor e desgaste precoce de seus componentes. Um bom diagnóstico requer experiência do reparador e, principalmente atenção aos detalhes dados pelo dono do carro. Só assim será possível identificar a parte danificada.

FUNÇÃO


Transformar energia eletrotérmica (resultado da queima do combustível) em mecânica. A queima do combustível acontece em 4 tempos, que são: 1. ADMISSÃO: quando a mistura de ar e combustível entra no cilindro. 2. COMPRESSÃO: as duas válvulas do cilindro se fecham e o pistão sobe. 3. COMBUSTÃO: a vela solta uma faísca, que faz a reação química acontecer. O pistão é empurrado pra baixo e toda a energia do processo é liberada para movimentar o carro. 4. ESCAPE: parte em que a fumaça da combustão é liberada, para que mais reações possam acontecer e continuem movimentando o motor

PARTES


Qualquer desgaste ou falha em um dos componentes compromete o bom funcionamento do motor O motor é dividido em três partes: cabeçote, bloco e cárter.


Comandos de Válvulas é um mecanismo destinado a regular a abertura das válvulas num motor de combustão interna;


Válvulas

De admissão e escape abrem no momento adequado para deixar ar e combustível entrarem e sair;


Vela de ignição

Fornece a centelha que inflama a mistura ar/combustível para que a combustão possa ocorrer;


Pistão

Um pistão é uma peça cilíndrica de metal que se move para cima e para baixo no interior do cilindro;


Biela

A haste que liga o pistão ao eixo vibrabequim. Ele pode rodar em ambas as extremidades de modo que o seu ângulo pode mudar como os movimentos do pistão, rodando o eixo;


Virabrequim

O virabrequim transforma o movimento do pistão para cima e para baixo em movimento circular que faz com que aconteça os quatro tempos de um motor ciclo Otto;


Bomba de óleo Responsável pela condução do óleo no sistema de lubrificação;


Cárter

O cárter é um recipiente metálico que protege e assegura a lubrificação interna do motor.


SINAIS DE FUMAÇA

Excesso de fumaça expelida pelo escapamento, vazamento ou alto consumo de óleo lubrifi cante, baixa potência e ruídos anormais são alguns dos indícios de que o motor do veículo apresenta problemas.


Antes de mais nada, observe a cor da fumaça, já que ela pode sinalizar vários problemas no motor, como desgastes nos conjunto de anéis do pistão, ou casquilhos na bronzina.


Ao abrir o capô do carro, faça uma inspeção visual completa:


* Verifique se não hã vazamentos externos de óleo; * Verifique as condições das correias; * Confira o nível de água do reservatório e a coloração do líquido de arrefecimento; * Aproveite para examinar o estado da bateria, já que em boas condições de carga, ela aguenta melhor as condições da partida, preservando o motor; * Faça a sangria correta do sistema de arrefecimento caso faça manutenção.


Fale com o cliente para aumentar a vida útil do motor de um carro:

* Verifique sempre o óleo; * Troque os filtros de ar para que as impurezas não atinjam o motor; * Não ande com vazamentos; * Evite abrir a tampa do reser vatório de água com carro quente. Ao fazer isso, mesmo que seja retirada a pressão do circuito, haverá entrada de ar no sistema, podendo ocasionar o superaquecimento do motor. Além disso, o ar provoca bolhas, dificultando a circulação da água que resfria o motor.

A limpeza do motor é necessária, mas exige atenção em alguns fatores. Se a lavagem for feita com água, é necessário proteger a parte elétrica do local, como a bobina e central eletrônica. Outro cuidado necessário é em relação à temperatura do motor no momento da limpeza. O choque térmico causado pela água no metal e plástico aquecidos pode danificar os componentes do motor.


Não existe um período específico para que o motor seja lavado. Depende da regularidade de uso do carro e do terreno (lama, areia ou asfalto) que o motorista costuma trafegar. É normal levarmos o carro toda semana para lavar. Já o motor fica na maior parte do tempo protegido da sujeira e só deve ser limpo quando realmente for necessário.


Lubrificar o motor de combustão interna é fundamental para o bom funcionamento do veículo. Quando mal feito, os componentes metálicos podem aquecer demais e fundir. Assim, a bomba de óleo do motor exercer papel fundamental e precisa estar sempre em boas condições de funcionamento.


Felizmente a grande maioria dos veículos possuem bombas de óleo robustas, que duram quase tanto quanto o motor, quando a manutenção preventiva é realizada de acordo com o preconizado no manual do proprietário. São raras as falhas por projeto ou defeito de fabricação, uma vez que trata-se de um componente relativamente simples, composto por corpo, tampa, eixos, engrenagens internas e válvula.


Assim, para que a bomba tenha excelente durabilidade, é preciso que as trocas de óleo do motor, e também o filtro de óleo, sejam realizadas no tempo correto, de acordo com a forma de utilização do veículo - normal ou severo.


Vazão e pressão


Vazão e pressão são dois termos muito confundidos quando o assunto é bomba de óleo do motor. O instrutor técnico da Nakata, Edson Vieira, explica que a bomba sozinha gera vazão de óleo, enquanto a pressão é resultado do trabalho da bomba no sistema de lubrificação do motor, que é um circuito fechado.


“O que gera a pressão no sistema são as restrições dos canais e galerias por onde o óleo passa”, explica ao comentar que o fato de o sistema estar sem pressão ou com pressão anormal não significa necessariamente que a bomba de óleo esteja ruim. “A bomba é como o coração, se houver algum canal entupido, a pressão aumenta, e se houver algum vazamento, a pressão cai”, exemplifica.


Porém, em um automóvel, existe outro fator que pode fazer com que a pressão no circuito seja comprometido. “Com o tempo, algumas peças se desgastam e, dependendo da quantidade de folga, a pressão no sistema cai o que prejudica a lubrificação do motor. Neste caso, também não adianta trocar a bomba, pois o defeito não é nela e, sim, da folga excessiva das partes móveis internas do motor, como bronzinas de biela, mancal ou buchas “, explica Vieira.


Nestes casos, o melhor diagnóstico é testar a vazão da bomba isolada do motor. Infelizmente as montadoras não disponibilizam os valores padrões de vazão das bombas, nem da pressão no circuito de lubrificação, porém a Nakata disponibiliza no site uma tabela de pressão dos 46 modelos de bombas que produz, para diversos veículos Fiat, Ford, Chevrolet, Scania, Mercedes-Benz, Volkswagen, Audi, Seat, Peugeot e Renault, além dos motores MWM e Maxion.


FUTURO

Em alguns veículos, principalmente os turboalimentados, contar com uma boa lubrificação é tão importante que muitas montadoras adotaram como solução a instalação de uma segunda bomba de óleo, elétrica, com vazão variável, que funciona de acordo com a demanda do motor, mas principalmente antes de dar a partida, para pressurizar o sistema e lubrificar todos os componentes móveis do motor. Esta bomba é controlada e gerenciada pela ECU do veículo.


DICAS DE INSTALAÇÃO

Uma vez definido que a bomba de óleo precisa ser trocada, Vieira recomenda alguns cuidados, como verificar, antes mesmo da instalação, se a bomba gira livremente. O passo seguinte é carregar a bomba com o mesmo óleo que será utilizado no motor. “Isso é fundamental para a formação do selo hidráulico, pois sem ele não se consegue puxar o óleo do cárter”, explica. Durante o procedimento de instalação, Vieira recomenda verificar se a base de apoio da bomba está limpa e livre de riscos ou amassados, pois podem levar a vazamento ou entrada de ar, e, além disso, as bombas frontais só devem ser montadas ao bloco com os guias devidamente instalados. “Finalmente, para facilitar a formação de pressão do óleo, solte ligeiramente o filtro de óleo. Quando o óleo começar a sair pelo filtro é hora de apertá-lo adequadamente e seguir em frente”.



Defeitos comuns


Vieira comenta que os defeitos mais comuns que encontra ao visitar oficinas nos quatro cantos do país são de compra errada do modelo da bomba,que apesar de servir não possui as características de vazão específicas para o veículo aplicado. “Isso pode causar tanto falta de lubrificação, quando a bomba é menos potente do que o necessário, quanto excesso de pressão no sistema, quando fornece mais vazão do que motor precisa”, explica.


Além disso, Vieira comenta que já presenciou aplicações mirabolantes. “Já vi de tudo um pouco. Tem quem compra a bomba e o pescador não serve,mas ao invés de trocar, entorta o pescoço do pescador e acaba afunilando a passagem do óleo, e com isso a bomba não suga o óleo do carter”, explica. “Porém, o que mais vejo são ajustes indevidos na válvula de pressão da bomba”, diz Vieira ao comentar que muitos reparadores retiram a mola, esticam, cortam para mudar as especificação da bomba, o que é um erro. “Isso pode causar o que chamamos de golpe de aríete e aumentar tanto a pressão no sistema que chega até a estourar o filtro de óleo”, explica.


Fonte: http://www.reparacaoautomotiva.com.br/dicas-tecnicas-93


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